PHP 8.2.4 Released!

Injeção de SQL

Muitos desenvolvedores web não sabem como consultas SQL podem ser manipuladas e presumem que uma consulta de SQL é um comando confiável. Isso significa que consultas SQL são capazes de passar indetectadas por controles de acesso, portanto desviando da autenticação padrão e de checagens de autorização, e algumas vezes consultas SQL podem permitir acesso à comandos no nível do sistema operacional do servidor.

A injeção direta de comandos SQL é uma técnica onde um atacante cria ou altera comandos SQL existentes para expor dados escondidos, ou sobrescrever dados valiosos, ou ainda executar comandos de sistema perigosos no servidor. Isso é possível se a aplicação pegar a entrada do usuário e combinar com parâmetros estáticos para montar uma consulta SQL. Os exemplos a seguir são baseados em histórias verdadeiras, infelizmente.

Devido à falta de validação de entrada e à conexão ao banco de dados usando o super-usuário ou um usuário que pode criar usuário, o atacante pode criar um super-usuário no seu banco de dados.

Exemplo #1 Dividinto o result set em páginas ... e criando super-usuários (PostgreSQL)

<?php

$offset
= $argv[0]; // Cuidado, sem validação de entrada!
$query = "SELECT id, name FROM products ORDER BY name LIMIT 20 OFFSET $offset;";
$result = pg_query($conn, $query);

?>
Usuários normais clicam nos links 'próxima' e 'anterior' onde $offset é codificado na URL. O script espera que o valor de $offset seja um número decimal. No entanto, e se alguém tentar invadir acrescentando a forma codificada por urlencode() da URL seguinte:
0;
insert into pg_shadow(usename,usesysid,usesuper,usecatupd,passwd)
    select 'crack', usesysid, 't','t','crack'
    from pg_shadow where usename='postgres';
--
Se isso acontecesse, então o script daria de presente acesso de super-usuário ao atacante. Perceba que 0; é para fornecer uma deslocamento válido para a consulta original e terminá-la.

Nota:

É uma técnica comum forçar o avaliador de SQL ignorar o resto da consulta escrita pelo desenvolvedor com --, que é o sinal de comentário no SQL.

Uma maneira de ganhar senhas é desviar suas páginas de resultado de busca. A única coisa que o atacante precisa fazer é ver se alguma variável enviada é usada em um comando SQL que não é tratado corretamente. Esses filtros podem ser configurados de forma a personalizar cláusulas WHERE, ORDER BY, LIMIT e OFFSET em cláusulas SELECT Se seu banco de dados suporta o construtor UNION, o atacante pode tentar adicionar uma consulta inteira à consulta original para listar senhas de uma tabela arbitrária. Uso de campos de senha criptografados é fortemente incentivado.

Exemplo #2 Listando artigos ... e algumas senhas (qualquer banco de dados)

<?php

$query
= "SELECT id, name, inserted, size FROM products
WHERE size = '
$size'
ORDER BY
$order LIMIT $limit, $offset;";
$result = odbc_exec($conn, $query);

?>
A parte estática da consulta pode ser combinada com outro comando SELECT que revela todas as senhas:
'
union select '1', concat(uname||'-'||passwd) as name, '1971-01-01', '0' from usertable;
--
Se essa consulta (brincando com ' e --) fosse atribuída para uma das variáveis usadas em $query, a consulta tola seria acordada.

Comandos de UPDATE também são suscetíveis a ataques. Essas consultas também são ameaçadas por cortes e acréscimos de uma nova consulta. Mas o atacante tem que lidar com a cláusula SET. Nesse caso ele precisa estar de posse de alguma informação sobre o esquema para manipular a consulta com sucesso. Isso pode ser conseguido examinando os nomes das variáveis do formulário, ou simplesmente por força bruta. Não existem muitas convenções para campos guardando senhas ou nomes de usuários.

Exemplo #3 De recuperando uma senha ... para ganhando mais privilégios (qualquer banco de dados)

<?php
$query
= "UPDATE usertable SET pwd='$pwd' WHERE uid='$uid';";
?>
Mas se um usuário malicioso envia o valor ' or uid like'%admin%'; -- para $uid para mudar a senha do administrador, ou simplesmente configura $pwd para "hehehe', admin='yes', trusted=100 " (com um espaço sobrando) para ganhar mais privilégios. Então, a consulta ficará retorcida:
<?php

// $uid == ' or uid like'%admin%'; --
$query = "UPDATE usertable SET pwd='...' WHERE uid='' or uid like '%admin%'; --";

// $pwd == "hehehe', admin='yes', trusted=100 "
$query = "UPDATE usertable SET pwd='hehehe', admin='yes', trusted=100 WHERE
...;"
;

?>

Um exemplo assustador de como comandos do sistema operacional podem ser acessados em alguns bancos de dados.

Exemplo #4 Atacando o sistema operacional do servidor (MSSQL Server)

<?php

$query
= "SELECT * FROM products WHERE id LIKE '%$prod%'";
$result = mssql_query($query);

?>
Se o atacante enviar o valor a%' exec master..xp_cmdshell 'net user test testpass /ADD' -- para $prod, então $query terá o valor:
<?php

$query
= "SELECT * FROM products
WHERE id LIKE '%a%'
exec master..xp_cmdshell 'net user test testpass /ADD'--"
;
$result = mssql_query($query);

?>
O MSSQL Server executa comandos SQL em um lote incluindo um comando para adicionar um novo usuário para o banco de dados de contas locais. Se essa aplicação estiver sendo executada como sa e o serviço MSSQLSERVER estivesse sendo executado com privilégios suficientes, o atacante teria agora uma conta com a qual poderia acessar essa máquina.

Nota:

Alguns dos exemplos acima estão ligados a bancos específicos. Isso não significa que um ataque similar é impossível contra outros produtos. Seu servidor de banco de dados pode ter uma vulnerabilidade similar de outa maneira.

Um exemplo prático dos problemas relacionados à injeção de SQL
Imagem em cortesia de » xkcd

Técnicas para Evitar Ataques

Embora seja óbvio que um invasor deve possuir pelo menos alguns conhecimento da arquitetura de banco de dados, a fim de conduzir um sucesso ataque, a obtenção dessas informações costuma ser muito simples. Por exemplo, se o banco de dados é parte de um código aberto ou outro pacote de software com uma instalação padrão disponível publicamente , esta informação é completamente aberta e disponível. Essas informações também podem ser divulgadas por código-fonte fechado - mesmo se for codificado, ofuscado ou compilado - e até mesmo por seu próprio código, por meio da exibição de mensagens de erro. Outros métodos incluem o usuário de nomes comuns de tabelas e colunas. Para exemplo, um formulário de login que usa uma tabela de 'usuários' com nomes de colunas 'id', 'username' e 'password'.

Esses ataques se baseam principalmente em explorar falhas no código escrito sem se preocupar com segurança. Nunca confie em nenhum tipo de entrada, especialmente aquela que vem do lado do cliente, mesmo que venha de um combobox, um campo de entrada escondido (hidden) ou um cookie. O primeiro exemplo mostra como uma consulta inocente pode causar desastres.

  • Nunca conecte ao banco de dados como um super-usuário ou como o dono do banco de dados. Use sempre usuários personalidados com privilégios bem limitados.
  • Use declarações preparadas com variáveis associadas. Eles são fornecidos pelo PDO, por MySQLi e por outras bibliotecas.
  • Verifique se a entrada fornecida tem o tipo de dados esperado. O PHP tem uma ampla gama de funções de validação de entrada, desde as mais simples encontrado em Funções de variável e em Funções de tipo de caractere (por exemplo, is_numeric(), ctype_digit() respectivamente) e até mesmo com suporte de Expressões regulares compatíveis com Perl
  • Se a aplicação espera por entradas numéricas, considere verificar os dados com a função is_numeric(), ou silenciosamente mudar o seu tipo usando settype(), ou usar a representação númerica usando a função sprintf().

    Exemplo #5 Uma maneira mais segura para compor consultas de paginação

    <?php

    settype
    ($offset, 'integer');
    $query = "SELECT id, name FROM products ORDER BY name LIMIT 20 OFFSET $offset;";

    // por favor perceba o %d na string de formato, usando %s seria inútil
    $query = sprintf("SELECT id, name FROM products ORDER BY name LIMIT 20 OFFSET %d;",
    $offset);

    ?>

  • Se a camada de banco de dados não suporta variáveis de ligação, então cite cada valor não numérico fornecido pelo usuário que é passado para o banco de dados com a função de escape de string específica do banco de dados (por exemplo mysql_real_escape_string(), sqlite_escape_string(), etc.). Funções genéricas como addlashes() são úteis apenas em um ambiente muito específico (por exemplo, MySQL em um caractere de byte único definido com NO_BACKSLASH_ESCAPES desativado) assim é melhor evitá-los.
  • Não imprima qualquer informação específica do banco de dados, especialmente sobre o esquema, custe o que custar. Veja também Relatório de Erros e Funções de Tratamento e Relatório de Erros.
  • Você pode usar stored procedures e cursores previamente definidos para abstrair acesso aos dados para que os usuários não acessem tabelas ou views diretamente, mas essa solução pode ter outros impactos.

Além disso, você ganha em relatar consultas ou dentro do script ou no próprio banco de dados, se esse suportar. Obviamente, o relatório é incapaz de previnir qualquer tentativa danosa, mas pode ser útil para ajudar a rastrear qual aplicação foi atacada. O relatório não é útil em si, mas atráves da informação que ele contém. Mais detalhes geralmente é melhor que menos.

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User Contributed Notes 1 note

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29
Richard dot Corfield at gmail dot com
11 years ago
The best way has got to be parameterised queries. Then it doesn't matter what the user types in the data goes to the database as a value.

A quick search online shows some possibilities in PHP which is great! Even on this site - http://php.net/manual/en/pdo.prepared-statements.php
which also gives the reasons this is good both for security and performance.
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